Actos dos Apóstolos 3, 1-10 ; Sal 104,1-4. 6-9 ; Lucas
24, 13-35
O Mestre tinha que sofrer
Estaria a paixão de Jesus decidida desde toda a eternidade ?
Então, qual seria a Sua liberdade? E porque haveria Deus querer esse atroz tormento?
Lucas mostra que Jesus subiu livre a Jerusalém e aceitou enfrentar uma morte
ignominiosa. Mas o envagelista sabe que para anunciar a Boa Nova da
Ressureição, os discípulos se referem à sua cultura e que encontram nas
Escrituras a figura do profeta servo, condenado à morte pelos homens apesar da
promessa de Deus que O acompanhava.
Assim, quando relêm o acontecimento da ressurreição com o
auxílio das Escrituras, chegam à conclusão da necessidade desse golpe. Isto não
retira a liberdade de acção a Jesus, que a realizou acompanhado pelo amor
infinito dO Pai.
QUANDO SE ABREM OS OLHOS DA FÉ. No caminho e na hospedaria
vive-se uma verdadeira missa : o Ressuscitado junta-se aos dois homens, caminha
a seu lado, reunindo-os à Sua volta (tempo de reunião). O livro das Escrituras
é aberto e Cristo explica-lhas (tempo da palavra). Jesus senta-se à mesa dos
homens, ou melhor, convida-os a sentarem-se à Sua mesa para dar graças e partir
o pão, alimento para a vida (tempo da Eucaristia). É necessário anunciar o que
os olhos viram e os ouvidos ouviram (tempo do envio).
Senhor, dá-Te a reconhecer pela Tua Palavra e pelo Teu Pão
de vida e faz de mim um missionário.