A Igreja de Inglaterra foi ensanguentada por uma longa
série de discórdias cuja violência matou sobretudo no séc.XVI. Tomas Moore,
John Fisher, Thomas Cranmer, e igualmente, Edmund Campion e muitos outros. Por
esta razão, num clima eclesial mais sereno, para não se esquecer a que
contradições com O Evangelho leva a intolerância à diferença, a confusão entre
autoridade religiosa e poder político, a Igreja Anglicana celebra hoje os
mártires do seu seu país de todas as confissões cristãs.
Actos 13, 26-33 ; Sal 2, 6-11 ; João 14,1-6
“Não fiqueis perturbados…”
Se algo corrói a alegria de viver é certamente o medo, a
angústia da separação, do luto, do abandono. Ao despedaçar as portas da morte
na manhã da Páscoa, Cristo ficou connosco para sempre. E nós estamos unidos a
Ele no mistério nupcial da fé e da esperança. O caminho da vida tem alegrias e
penas. Para uns, a vida é caótica ; para outros, é superficial ; para outros
ainda ela está cheia de perguntas. Caminhar, numa perspectiva evangélica não é
um passo-a-passo para a morte. O caminhar cristão é encontro, todos os dias,
d’Aquele nos dá a vida.
Assim, Cristo reafirma-nos hoje que já não caminhamos sós. Melhor,
temos um novo Caminho. Bem longe de ser um optimismo beato, trata-se de um
exercício ascético. Perante as forças do mal que nos levam à morte, tomemos e
(re)tomemos este Caminho, esta Verdade e esta Vida que é Cristo ressuscitado. Nem
a morte nem a vida, nada poderá jamais separar-nos d’Ele. Vivemos em ascensão
para O Pai, nO Filho, nosso Caminho.
Ao moldar-nos o coração segundo a Verdade e a Vida que
oferece na Sua pessoa, Ele chama-nos à habitação definitiva no céu : O Coração
dO Pai !