Actos 18, 1-8; Sal 97, 1-4 ; João 16, 16-20
A vossa angústia transformar-se-á em alegria
A nossa relação com Deus é paradoxal. Sabemos que a Sua
Presença é permanente em nós, mas os nossos sentidos embotados não O conseguem
ver. Porque será necessária esta longa expectativa na vinda sensível dO Senhor
Jesus ? Porque será que, tantas vezes, teremos que experimentar a Sua ausência
no meio das dificuldades e das contradições da vida ? Será para evitar que
esmoreça a nossa busca de Cristo e para que a vitória final seja maior e mais
saborosa ? Só vive quem ressuscita, mas para ressuscitar é necessário morrer
primeiro.
Só vence quem não desiste e recomeça. S. Paulo teve que sofrer a
“resistência e blasfémias” dos seus compatriotas para se decidir a “sacudir as
vestes e dirigir-se aos pagãos”. E como foi abundante a colheita ! Apesar de,
tal como Jesus durante Seu exílio terrestre, orar aO Pai com todo o seu coração
e o seu corpo sem porém O ter visto com os seus olhos. A fortaleza é um dos dons dO Espírito
Santo. É a virtude que nos dá ânimo nas provações, nas ausências e nas noites
espirituais. Fala-se hoje muito de
poluição ambiental mas ignora-se a “poluição espiritual” deste mundo paganizado
que, essa sim, compromete verdadeiramente o futuro da humanidade. Peçamos aO
Espírito Santo que nos dê forças para nos soltarmos das areias movediças do
mundo, e – à semelhança de Jesus – caminhar sobre elas sem nos afundarmos,
dando testemunho dO Pai.
Adoremos Seu Filho na Eucaristia.