Primeiro bispo lendário de Évora que terá sido aí
martirizado ao tempo do governador Valídio.
Actos 16, 22-34 ; Sal 137,1-3. 7c-8 ; João 16, 5-11
Para ser salvo
O guarda da prisão está aterrorizado: julga ter perdido os
prisioneiros, imagina o castigo dos superiores e talvez a intervenção terrível
de uma divindade ; então, suplica: “Que devo fazer para ser salvo?” De que
salvação se trata? Certamente não é um meio para escapar à sanção dos chefes ou
ao poder sobrenatural que parecia proteger Paulo e Silas. Também não é a
salvação que se obtem com uma acção… Afinal, a salvação resume-se numa frase :
“Creio nO Senhor Jesus”. Acreditar, confiar n’Aquele cuja Palavra é palavra de
libertação e de esperança, convite ao amor e à partilha. Acreditar, confiar
naqueles homens que lhe oferecem um ritual de água, o baptismo, e partilham com
ele uma refeição de festa e de fraternidade.
“VÓS NÃO ME VEREIS MAIS…” A alegria da Páscoa ainda estava
presente, a Ressurreição de Cristo acabara de sossegar e fortalecer os
discípulos. E eis um novo golpe de teatro: Jesus anuncia que não Se mostrará
mais. E como era tranquilizador ver o rosto de Cristo, n’Ele repousar e beber a
Sua força! Mas é a aventura que continua, é necessário subir um degrau
suplementar, aprender a caminhar na audácia de uma fé sempre mais confiante,
deixar-se conduzir como Abraão que parecia ver o invisível. Mas com uma grande
diferença: Jesus envia explicitamente O Defensor para nos acompanhar e
inspirar.
Então, nada nos importa desconher o caminho pois estamos nas
mãos dO Pai, e isto, pela fé, é uma certeza.