Liturgia Semanal

Inspirado nas Meditações Bíblicas. Irmãs Dominicanas de Taulignan. Supl. Panorama. E. Bayard. Paris.

10 de junho de 2012

QUARTA-FEIRA – 13/JUNHO/2012 SANTO ANTÓNIO (1231). DOUTOR DA IGREJA.


Sacerdote franciscano, pregador poderoso, primeiro em França e depois em Itália (Pádua). O Santo que “todo o mundo ama”, segundo a expressão de Leão XIII, morreu em Pádua, mas o seu berço foi Lisboa e Coimbra. Aos 15 anos entrou na vida religiosa com o hábito de Sto Agostinho, mas o martírio dos missionários franciscanos em Marrocos fe-lo optar pela Ordem de S.Francisco pois desejava imitá-los e ir para a África do Norte.  Contratempos médicos e marítimos levaram-no à Sicília. Em 1222, quando estava em Forli (Ravena) foi subitamente convidado a tomar a palavra e para estupefação geral revelou ser um pregador talentoso, conhecedor das Escrituras. Ele que ambicionava uma vida de oração e silêncio foi enviado a França para evangelizar os heréticos cátaros. Nomeado prior de Limoges, mais tarde eleito provincial do norte de Itália, fixou-se finalmente em Pádua onde morreu.  Por causa dos seus milagres, foi canonizado logo no ano seguinte à morte, mas durante muito tempo ficou esquecida a sua obra teológica. Só em 1946 quando da sua proclamação como Doutor da Igreja se descobriram seus sermões eruditos e vigorosos que a todos propõem “um verdadeiro itinerário de vida cristã”, nas palavras de Bento XVI.

Ben-Sirá 39, 8-14 ; Sal 18B, 8-11 ; Mateus 5,13-19

Nem um pequeno traço da Lei

Literalmente “nem um só jota” da Lei, equivalente ao “i”, pequeno traço com a altura das entrelinhas. Não estará Jesus a exagerar ? Ele bem sabe que ninguém pode observar perfeitamente a Lei até às suas menores exigências. Mas aqui, trata-se de outra coisa. Jesus afirma que a promessa, esse longo acompanhamento de Deus no decorrer dos séculos, que se exprimiu em Israel pelo dom da Lei, nunca desaparecerá. Deus não revoga nenhum dos Seus dons. Ao contrário, é n’Ele, Jesus, que o dom de Deus vai ter seu pleno cumprimento ; n’Ele, realiza-se a promessa, a Aliança é definitivamente renovada.  

E a Lei será plenamente cumprida porque o coração do homem há-de ser transformada perfeitamente cúmplice da vontade de Deus.