S.JOÃO FISCHER (1469-1535). Bispo de Rochester, qual novo
João Baptista, recusou-se reconhecer a dissolução do casamento de 20 anos de
Henrique VIII com Catarina de Aragão. Na decapitação disse ao povo : “Vim aqui
para morrer pela fé católica e de Cristo”.
S.TOMÁS MORE (1478-1535). Chanceler de Henrique VIII,
este humanista cristão escreveu a “Utopia”,( em grego: nenhum lugar) onde faz
viver os seus sonhos e críticas da sociedade humana (tradução portuguesa por
Aires A. Nascimento, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian). Recusou-se jurar
fidelidade à Igreja Anglicana por o rei ser o chefe espiritual. Foi decapitado
após rezar O “Miserere” e abraçar o algoz.
S.PAULINO DE NOLA (353-431). Contemporâneo de S. Martinho
de Tours e Sto Ambrósio de Milão, defendeu como bispo de Nola o seu rebanho
contra os godos de Alarico. Foi um dos últimos poetas latinos.
2 Reis 11,1-4. 9-18. 20 ; Sal 131, 11-14.17-18 ; Mateus
6, 19-23
Dar valor ao que perdura
Há tesouros que são ilusão, alegram por momentos, mas acabam
por desaparecer com o tempo. Jesus pede-nos para revermos a nossa hierarquia de
valores, para procurarmos os verdadeiros tesouros que perduram. É o coração que
nos ajuda a discernir. O “pobre de coração” é quem se desembaraça das coisas
inúteis para se enriquecer daquilo que tem valor aos olhos de Deus e que tem
sabor de eternidade.
É impossível “entesourar” a luz ou o amor, que são o céu dentro
de nós já neste mundo. Porque a vida de Deus é um tesouro vivo que cresce no
dom, cabe-nos ser receptivos e dar gratuitamente, o que recebemos de graça. O
tesouro luminoso do amor de Deus habita em nós e nós n’Ele, para que se derrame
a Sua própria caridade e resplandeça no nosso olhar, nos nossos gestos e
atitudes… tanto na terra como no céu.
Senhor, ajuda-me a fazer a triagem dos meus tesouros para
guardar apenas o que me leva a Ti e aos meus irmãos.