A bondade desta rainha de Aragão era tão grande que Dante
a colocou no “Paraíso” da “Divina Comédia”. Mãe da rainha Santa Isabel de
Portugal.
Actos 10, 34a. 37-43 ; Sal 117,1-2.16-17. 22-23 ;
Colossenses 3,1-4 ; João 20,1-9
O ressoar incessante dO Aleluia
Na tarde de 6ªFeira Santa, O Crucificado foi descido da
Cruz. Nicodemos e José de Arimateia depuseram-nO apressadamente no sepulcro e
depois da pedra rolar na entrada tudo se calou no grande silêncio do Sábado. Na
manhã do 1º dia da semana, as mulheres acorrem. A pedra está retirada, as
mortalhas dobradas à parte e o túmulo vazio. Um jovem vestido de branco
pergunta : “Procurais Jesus de Nazaré, O Crucificado ? Ele
ressucitou, não está aqui !”. Assim se apresenta o
acontecimento mais importante da história da humanidade.
Embora seja difícil de imaginar a revolução histórica que
este acontecimento provocou, podemos ao menos sentir a alegria que ele faz
surgir, alegria que pode resumir-se numa palavra : “Aleluia!”. Aos Hossanas que
enterraram Cristo, respondem num eco as Aleluias da Sua saída do túmulo. O
domingo da Ressureição é o grande dia em que se diz e canta, com maior vibração
e solenidade, O Aleluia de todas as liturgias. É a alegria dO “Exultet” que o
diácono canta, uma grande alegria cósmica, alegria de um mundo regenerado no
qual o homem reconciliado com si mesmo se reencontra unido com O Seu Criador.
Uma criança interrogada sobre o significado da palavra
“Aleluia” deu uma resposta reveladora: Quer dizer“Yupii!”. Santo Agostinho
também nos diz: “Aleluia, palavra boa, feliz, cheia de alegria, de ternura,de
suavidade”. Finalmente, se hoje cantamos “Aleluia” é para melhor levar a alegria
da Boa Nova aos homens do nosso tempo. Façamo-lo de modo que a vida dO
Ressuscitado se estenda até às terras longínquas, para que cada ser humano
possa viver desta Vida vitoriosa de todas as mortes.
O OUTRO DISCÍPULO CORREU MAIS DEPRESSA QUE PEDRO... Perante
o túmulo aberto e a ausência do cadáver, Maria Madalena, pensa que “retiraram O
Senhor do túmulo”. Avisa Pedro e o “outro discípulo”. Esse discípulo
desconhecido sobrepõe-se por três vezes a Simão-Pedro. Primeiro ele é o
“discípulo que Jesus amava”, enquanto nada de semelhante se diz de Pedro. Depois,
ele corre mais depressa ! O texto diz apenas que ele “viu e acreditou”;
acreditou também mais depressa que Pedro. Finalmente ele é o primeiro a
compreender que“conforme a Escritura, será necessário que Jesus ressuscite de
entre os mortos”. Mas esta superioridade desaparece ao deixar que Pedro entre
primeiro no tumúlo… Pedro olha à volta: os lençois mortuários não servem para
nada ! Seria esse “outro discípulo” o próprio evangelista, que por humildade
não se dá a conhecer ? Mas não será, pelo contrário, pretencioso apresentar-se
como “o discípulo que Jesus amava”, sugerindo uma superioridade física e
espiritual sobre Pedro ? Há uma explicação possivel, se “o discípulo que Jesus
ama” representar qualquer um que se saiba amado pelO Senhor ressucitado e, ao
frequentar as Escrituras, ver e acreditar nO Senhor Jesus. Nesta lógica do
evangelista, “o discípulo que Jesus ama” também pode ser Simão-Pedro.
Encontra-se aqui um ponto da fé cristã: O Ressuscitado,
porque nos ama abre-nos o espírito à compreensão das Escrituras e leva-nos, ao
contemplarmos a Cruz, a acreditarmos na Sua Ressureição.