Fundadora das “Irmãs da Caridade”, viveu no período
conturbado da Revolução Francesa. Assistia os prisioneiros, ensinava os jovens
e ajudava os pobres. Sofreu perseguições e grandes contradições ao ponto de
muitas das próprias comunidades recusarem recebê-la. Expulsa de França, morreu
em Nápoles, onde o seu corpo repousa na igreja de Regina Coeli.
Actos 20, 28-38 ; Sal 67, 29-30. 33-36c ; João 17, 11b-19
No mundo
Jesus vai para O Pai; deixa os discípulos neste mundo e o
mundo vai odiá-los. “Mundo”, no evangelho de S.João, é uma palavra difícil. Não
se trata do “kosmos”, do universo ordenado tal como os Gregos o concebiam, ou
da “obra de Deus”, como os Judeus o cantavam. Porque o mundo também é o lugar
em que cada homem tem que decidir-se “por” ou “contra” Deus. O relato do
Génesis apresenta a cena desta hesitação do mundo: devemos ter confiança em
Deus ou desconfiar d’Ele como sugere o Maligno disfarçado de serpente ? Desde
então o mundo está invadido pela desconfiança e pelo ódio, dos quais os
discípulos de Jesus deverão precaver-se. Mas é para este mundo que Jesus nos
envia. Teremos que contrapor a unidade fraterna e o perdão, ao ódio, à vingança
e ao ressentimento. Somos chamados a transmitir a nossa alegria do conhecimento
de Jesus aos homens atormentados pelo desespero e pela falta de sentido. Ele é
“o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14,6). Sentimo-nos fracos e incapazes ?
Recordemos que O Filho roga aO Pai para nos guardar do Maligno.
Somos enviados ao mundo a anunciarmos que Deus o quer
salvar.