BTO JOÃO BAPTISTA MACHADO DE TÁVORA (1580-1617). Natural
de Angra do Heroismo entrou na Companhia de Jesus com 17 anos. Em 1609 chegou
ao Japão onde a seara foi tão abundante que o número de cristãos já era
superior a 200.000 quando em 1614 rebentou uma feroz perseguição. Morreu
decapitado em 1617 após converter o carcereiro, tamanha era a sua alegria em
dar a vida por Cristo.
STA JOAQUINA DE VERDUNA (1783-1854). Natural de
Barcelona, esteve casada 16 anos e teve 9 filhos. Depois de enviuvar criou os
filhos enquanto como enfermeira se ocupava das tarefas mais abjectas nos
hospitais, fundando com outras senhoras as “Carmelitas de Caridade”. Morreu aos
71 anos vítima de uma epidemia de cólera.
Actos 20, 17-27 ; Sal 67,10-11. 20-21 ; João 17, 1-11
“Ele nos dará a vida eterna …”
Podemos fazer mil perguntas sobre como será a vida eterna.
Numa sociedade em que tudo se faz para durar pouco, para ser substituído, será
possível acreditar ainda na sua existência? Num mundo em que a morte é
recusada, negada, escondida ao ponto de poder ser ignorada, como será possível
prometer uma vida eterna após a morte, quando nada é seguro no dia de amanhã ?
O Corpo glorioso, como será ? Como comunicaremos uns com os outros ? Não nos
aborreceremos ? Mas, ao tentarmos imaginar o indescritível, passamos ao lado do
essencial que, todavia, nos é revelado. A vida eterna, afirma S. João, consiste
em conhecer Deus e Jesus, Seu Enviado. Não se trata de um conhecimento
livresco, mas de um autêntico encontro, de uma amizade íntima, de um coração a
coração, de uma gestação sem fim.
Assim, na medida em que procurarmos esforçadamente, a partir
de hoje, cultivar essa relação com com Deus, a vida eterna já estará semeada no
coração das nossas vidas.