S. ÂNGELO DA SICÍLIA (1185-1219) Carmelita aos 18 anos, na Palestina, foi enviado a Roma a
defender a ordem. Na Sicília combateu os cátaros (albigenses) e foi ali,
enquanto pregava na igreja de S.Tiago de Licata, morto pelo marido duma mulher
que ele convertera.
STA JUDITE (1260). Viúva muito jovem, esta princesa viveu
na solidão, na pobreza e na solidão. A sua conduta virtuosa causou numerosas
conversões. É a Padroeira da Prússia.
Actos 6, 8-15 ; Sal 118, 23-24. 26-27. 29-30 ; João 6,
22-29
A OBRA DE DEUS (Act.6,8-15). Não podemos esquecer que Jesus,
Estêvão e Paulo foram atormentados e os dois primeiros mortos por homens
religiosos convictos e não por perseguidores pagãos. O que estava em questão,
era uma certa ideia de Deus, do Seu desígnio para os homens e da atitude a ter
com Ele. Estêvão, como Jesus, espanta certos grupos de Jerusalém pela sua
tranquila certeza, fruto de um grau de interioridade que lhes era desconhecido,
só possível com O Espírito Santo. Estêvão, “cheio de graça e de força (…) com a
sabedoria e O espírito que marcavam as suas palavras”, inquieta-os pela sua
audácia perante valores que lhes parecia impossível serem contestados : o
Templo e a Lei.
A observância religiosa, piedosa mas tacanha dos inimigos de
Estêvão, não os deixa sequer suspeitar da liberdade de coração e de acção,
fruto do verdadeiro conhecimento de Deus, da qual aliás o A.T. dá testemunho e
preparava o desenvolvimento. Deixemos este texto tocar-nos profundamente e
alertar-nos com mansidão : segundo o caso, pode criticar a nossa estreiteza e
os nossos medos, ou fazer-nos sentir os limites duma vida interior cheia de
hábitos que não levam a nada, ou ainda cortar cerce as audácias e as
precipitações que não provêm da meditação amorosa da vontade de Deus. Se nos deixarmos
conduzir,o texto esculpirá também em nós “um rosto de anjo”, não com face angélica
triste mas, definitivamente, com traços de profundidade enérgica e potência
calma.
ESSE PEQUENO PASSO QUE SALVA (Jo.6,22-29). Quando os
interlocutores lhE perguntam o que devem fazer, O Mestre convida-os a mudarem
de atitude : “ A obra de Deus é esta: acreditardes n’Aquele que Ele enviou”.
Deus respeita tanto a nossa liberdade que aguarda, como um mendigo, a esmola de
um desejo do nosso coração para manifestar o Seu amor. Perante O Criador do céu
e da terra, quem será o primeiro? Seremos capazes de lhE manifestar este dom
com as nossas obras, mesmo as mais geniais, ou muito simplesmente confiando
n’Ele?
Peçamos a Maria, que arriscou a vida ao pedido do anjo, para
ousarmos dar esse pequeno passo que salva.